Para onde vais... Portugal?
Depende de nós, não seguir o caminho
desta ilustração negativa
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.Depende de nós, não seguir o caminho
desta ilustração negativa
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A pergunta é pertinente e pode fazer-se em quase todas as línguas do Universo... [mesmo na língua morta do Latim, Quo Vadis... (para onde vais)]... Só o seu vocativo (Portugal) terá de ser mudado.
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Para onde vamos nesta onda avassaladora de mudanças que varre Portugal e vem na enxurrada dos mesmos males que assolam o Mundo?
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Voltando a perguntar: Para onde vais Portugal? Para a "Jangada de Pedra" que alguém imaginou ver naufragar? Para um mundo de trevas onde ninguém é alguém e somos todos súplicas?
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E não é ser pessimista ao olhar em frente e não ver luz ao fundo deste túnel onde se esconde a Face Oculta e muitas outras faces cada vez mais ocultas: a Corrupção, a Imoralidade e a Ambição desmedida, o Descontrolo Económico, que torna uns demasiado pobres e outros demasiado ricos, com um fosso entre ambos que será difícil ultrapassar se não depois de um maremoto que não deixe pedra sobre pedra?
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Onde estão as boas intenções duma União Europeia que só existe em acordos? Para onde foram as ilusões apregoadas no famoso Tratado de Lisboa? Não haverá o receio de ponderar se a imagem da ilustração desenhada, com Portugal a bater no fundo, não sairá do pesadelo de uma noite de sono agitado para se tornar numa angustiante realidade?
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Para onde vamos nesta onda avassaladora de mudanças que varre Portugal e vem na enxurrada dos mesmos males que assolam o Mundo?
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Voltando a perguntar: Para onde vais Portugal? Para a "Jangada de Pedra" que alguém imaginou ver naufragar? Para um mundo de trevas onde ninguém é alguém e somos todos súplicas?
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E não é ser pessimista ao olhar em frente e não ver luz ao fundo deste túnel onde se esconde a Face Oculta e muitas outras faces cada vez mais ocultas: a Corrupção, a Imoralidade e a Ambição desmedida, o Descontrolo Económico, que torna uns demasiado pobres e outros demasiado ricos, com um fosso entre ambos que será difícil ultrapassar se não depois de um maremoto que não deixe pedra sobre pedra?
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Onde estão as boas intenções duma União Europeia que só existe em acordos? Para onde foram as ilusões apregoadas no famoso Tratado de Lisboa? Não haverá o receio de ponderar se a imagem da ilustração desenhada, com Portugal a bater no fundo, não sairá do pesadelo de uma noite de sono agitado para se tornar numa angustiante realidade?
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Será que o colapso financeiro (e não só...) dos Estados Unidos da América eram previsíveis? Diz-se agora que sim, que já há muito vinha a mostrar a sua decadência moral, física e cívica, mas no seu deslumbramento em querer ser o espelho, polícia e condutor do Mundo, continuou até a bolha rebentar.
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E agora? Cada Nação apresenta a sua receita para medicar a epidemia que está a grassar no planeta. E serão essas receitas exequíveis se não houver um "dar as mãos"? Vê-se que é um objectivo cada vez mais difícil de alcançar e controlar, onde a união passa por questionar tudo e todos e ninguém se controla a si mesmo como é indispensável.
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Acusam-se os Governos dos males que agora afligem a Segurança Social, o bem-estar, a saúde dos povos que se tinham abrigado nos Serviços Nacionais de Saúde e que, ao abrigarem-se, muitos puxaram demasiado pela 'manta' e destaparam os pés e parte do corpo a descoberto. É que a maior parte dos que se 'abrigaram' não precisavam desse 'abrigo'. E foram aqueles que só têm no seu trabalho o pão de cada dia, que ficaram a 'descoberto' ... Ou todos julgavam que os serviços nacionais de saúde eram poços sem fundo, aos quais se recorreu para acudir a despesismos que nada tinham a ver com o fim a que se destinavam aqueles fundos?!
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Mas não é só a saúde que está doente... E o Ensino? E a Justiça? E quem julga? E a Economia? Estas são, para além de muitas outras, as perguntas que se vão fazendo por cá, no dia-a-dia, e a problemática não é de agora! Arrasta-se há décadas, com sucessivos responsáveis políticos a passarem a vida a assobiarem para o lado e a culparem as anteriores gestões que, por sua vez foram acusadas pelos que lhes sucederam!
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Este é o Portugal e o Mundo que temos e não gostaríamos de ter. É que a situação está a tornar-se muito perigosa, neste País em que acontece de bom (pouco) e de mau (muito)!
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E depois disto tudo, já não há que arrancar mais 'pensos' que tapam tantas feridas ocultas (...)
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Para onde vais, Portugal?
(QUO VADIS... Portugal?)
Talvez aqueça a alma recordar Fernando Pessoa, na Mensagem, no Poema que se segue. Portugal já passou por muitas situações de enorme preocupação e conseguiu sempre erguer-se de novo! Talvez as nossas preocupações actuais até nem sejam tão graves, como outras de outrora.
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Será que o colapso financeiro (e não só...) dos Estados Unidos da América eram previsíveis? Diz-se agora que sim, que já há muito vinha a mostrar a sua decadência moral, física e cívica, mas no seu deslumbramento em querer ser o espelho, polícia e condutor do Mundo, continuou até a bolha rebentar.
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E agora? Cada Nação apresenta a sua receita para medicar a epidemia que está a grassar no planeta. E serão essas receitas exequíveis se não houver um "dar as mãos"? Vê-se que é um objectivo cada vez mais difícil de alcançar e controlar, onde a união passa por questionar tudo e todos e ninguém se controla a si mesmo como é indispensável.
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Acusam-se os Governos dos males que agora afligem a Segurança Social, o bem-estar, a saúde dos povos que se tinham abrigado nos Serviços Nacionais de Saúde e que, ao abrigarem-se, muitos puxaram demasiado pela 'manta' e destaparam os pés e parte do corpo a descoberto. É que a maior parte dos que se 'abrigaram' não precisavam desse 'abrigo'. E foram aqueles que só têm no seu trabalho o pão de cada dia, que ficaram a 'descoberto' ... Ou todos julgavam que os serviços nacionais de saúde eram poços sem fundo, aos quais se recorreu para acudir a despesismos que nada tinham a ver com o fim a que se destinavam aqueles fundos?!
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Mas não é só a saúde que está doente... E o Ensino? E a Justiça? E quem julga? E a Economia? Estas são, para além de muitas outras, as perguntas que se vão fazendo por cá, no dia-a-dia, e a problemática não é de agora! Arrasta-se há décadas, com sucessivos responsáveis políticos a passarem a vida a assobiarem para o lado e a culparem as anteriores gestões que, por sua vez foram acusadas pelos que lhes sucederam!
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Este é o Portugal e o Mundo que temos e não gostaríamos de ter. É que a situação está a tornar-se muito perigosa, neste País em que acontece de bom (pouco) e de mau (muito)!
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E depois disto tudo, já não há que arrancar mais 'pensos' que tapam tantas feridas ocultas (...)
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Para onde vais, Portugal?
(QUO VADIS... Portugal?)
Talvez aqueça a alma recordar Fernando Pessoa, na Mensagem, no Poema que se segue. Portugal já passou por muitas situações de enorme preocupação e conseguiu sempre erguer-se de novo! Talvez as nossas preocupações actuais até nem sejam tão graves, como outras de outrora.
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N E V O E I R O
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Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
.
É a Hora!
.
Valete, Fratres
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Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
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Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
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É a Hora!
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Valete, Fratres
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Fernando Pessoa,
Mensagem III - Os Tempos
10-12-1928 - Quinto: Nevoeiro
Fernando Pessoa,
Mensagem III - Os Tempos
10-12-1928 - Quinto: Nevoeiro
8 comentários:
Portugal afunda-se só para alguns. Os mais fracos, os mais pobres que cada vez estão mais pobres, e até a classe média se está a diluir.
Sou pelo Estado Social, mas temo pelo seu desaparecimento. É uma questão de tempo, anda aí gente desejosa de chegar ao poder, para tudo mudar e para pior. Ora para pior, já basta assim, alguém o dizia a cantar.
A Educação, a Justiça e a Saúde afundaram-se.
A promiscuidade entre quem julga e o poder politico é vergonhosa e impede o bom funcionamento dos julgamentos e das decisões finais.
Tenho saudades de outros parlamentares, agora o Parlamento está transformado no mercado de S. Bento. Outrora discutia-se assuntos de relevância, hoje é um lavar de roupa suja e troca de impropérios.
Um jovem ao presenciar tudo isto, fica desinteressado da politica. Cada vez menos temos sangue novo para dar continuidade a isto.
O que mais me espanta, é que o povo parece indiferente à crise, como se esta tivesse sido uma rajada de vento forte e que depois amainou.
Já não se vem para a rua contestar, é a indiferença total, anda tudo anestesiado.
Contudo tenho a Esperança que depois da tempestade vem a bonança, sempre assim foi!
Mais um bom post César, "alimentar" três blogues é obra e todos com temas interessantes.
Beijinhos
Da LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
VENDAS DE AUTOMÓVEIS EM PORTUGAL ACELERAM EM "=!= E PORSHE PREVÊ "ANO RECORD"
Texto:
Porto, 19 julho (Lusa) - A venda de automóveis de luxo em Portugal acelerou no primeiro semestre, com a Porsche e a Jaguar a registarem um crescimento acima dos 50%, face ao período homólogo, segundo os dados da A.C.A.P.
....................
" Em 2010 vamos ter um crescimento recorde, nunca visto em Portugal", disse à Lusa o responsável de marketing da Porsche em Portugal, Nuno Costa, que acredita que a marca alemã vai vender este anomais de 300 viaturas, que custam entre 66 e 273 mil euros.
(...)Etc. etc. etc. que é que as Autoridades estarão à espera para com este indício começarem a investigar?
Acham isto promissor? Este BLOG não!
Acha isto tudo muito suspeito e completamente desequilibrado no nosso tecido social!!
E se de repente se detectarem vendas da ROLEX à toa, Frank Muller e outras marcas de relógios de luxo? Normal...?
Por falar em RELÓGIOS, é hora de uma vez por todas e com seriedade, se controlarem as riquezas que navegam nestas águas fora dos limites do EUROMILHÕES!
Luísa,
Belo e iluminado comentário.
É pena que esta iluminação não tenha a densidade suficiente em lúmens, para mostar aos "cegos" estas realidades tão bem evidenciadas nestas palavras (...)
Quando andamos mal, dizem que ficamos a "pão e laranja"! O pior é que, nas minhas deambulações pelas ruas, começo a duvidar da proverbial sabedoria popular: à medida que vão tendo menos pão, andam para aí com vontade de se meterem na "laranja"!
Talvez arranjem uma crise de fígado com estas laranjas falantes!
De tanto falarem em Crises, já só faltam as da figadeira...!
Abraços,
César
Olá César!
Neste excelente texto, está a fotografia do nosso país,tirada de frente de lado de todas as maneiras,é pena estar a preto e branco, e não dar para tirar mais colorida.
Para mim o mundo podia já não estar muito bem, mas tudo piorou desde a Cimeira dos Açores,o Durão, abandonou o barco e foi para Europa, mas só para receber o dinheiro ao fim do mês,quem manda lá é os donos do dinheiro.
Estes que estão a governar agora vão tirando aqui e ali um bocadinho de cada lado, e o povo vai ficando calado,como diz a Luísa, quando vierem os outros, vão tirar ainda muito mais.
Acabei de ler um pequeno livro, ESCUTA,ZÉ NINGUÉM, que fala de muitas coisas que o César escreve aqui, e o autor do livro morreu nos anos quarenta.
Um grande abraço,
José.
Meu caro César:
Muito trabalho vai ter o munho para encontrar algum grão no meio de tanta palha que por aí anda.
Só sei que não quero ir por aí.
Depois de ouvir o que passou antes de passar,comecei a limpar-lhe a alma e por oleo no cão.
Um abraço,
mário
Olá César! Justiça, Educação, Saúde e Economia são problemas em Portugal e também no Brasil. Embora tenhamos a imagem de um povo feliz, só nós brasileiros sabemos verdadeiramente o que se passa nos bastidores do nosso país. Como eu já disse em um outro comentário que fiz aqui em seu blog, ainda existem muitos ratos para poucos flautistas. Abraços.
Penso que o modelo está esgotado, mas não no sentido de deixar afundar os mais necessitados e enriquecer os que já têm muito.
Necessita-se uma mudança urgente de paradigma onde vigore a ética e a solidariedade e não este estado de sítio onde vale tudo e só os espertos abrem caminho ni«o meio desta selva sem valores.
E isto não só em Portugal.
Quanto à Europa é uma casca vazia que ninguém quer realmente encher , onde as nacionalidades se sobrepõem aos interesses comuns ,que deveriam prevalecer pois se trata de uma União.
Bom final de semana.
Parabéns pelo post "Quo vadis...Portugal?"
Só espero que esta má onda não nos afogue!
Beijo
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