Dmitri Medvedev aceitou o pedido de demissão de Ella Pamfilova do cargo de dirigente do Conselho para os Direitos Humanos e Desenvolvimento da Sociedade Civil junto do Presidente da Rússia, anunciou o Kremlin.
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Ella Pamfilova, anunciara antes de apresentar a demissão desse cargo. Os defensores dos direitos humanos pedem-lhe para mudar de posição.
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Pamfilova, que ocupa esse cargo desde 2004, recusou-se a falar das causas da sua demissão, assinalando apenas que planeia trabalhar “nem na esfera da política, nem como funcionária pública”.
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“Não tenho vergonha do que fizemos, conseguimos fazer mais do que o possível”, frisou, acrescentando que recomendou Alexandre Auzan para o cargo deixado vago.
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Na véspera, Alexei Tchadaev, um dos ideológos do Rússia Unida, partido dirigido pelo primeiro-ministro Vladimir Putin, acusou Pamfilova de “politizar” o Conselho por ela dirigido e, no seu blog no Twitter, chamou-lhe “estrela da agitação”, “chefe histérica” e “vampira”.
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A organização juvenil pró-Kremlin “Nachi” (Nossos) já saudou a demissão de Pamfilova, pois era um dos principais alvos das suas críticas.
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“Esses rapazes poderão chegar ao poder dentro de alguns anos... Porque esses frutos de alguns tecnólogos políticos vendem a alma ao diabo. Eles queimaram livros...Qual será o próximo passo? Queimar pessoas?”, declarou recentemente Ella Pamfilova.
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Os defensores dos direitos humanos no país consideram que Pamfilova foi obrigada a demitir-se e pedem ao Presidente Dmitri Medvedev que não aceite a demissão.
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“Espero que o Presidente não aceite a demissão. Ela desempenha muito bem as suas funções, sacrifica-se muito”, considera Liudmila Alekseevna, dirigente do Grupo de Helsínquia.
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“Considero que a decisão de Medvedev de aumentar os poderes do Serviço Federal de Segurança (ex-KGB) da Rússia foi a gota de água que levou Pamfilova a demitir-se”, disse à Lusa um ativista dos direitos humanos.
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