domingo, 22 de abril de 2012

« JULIETTE GRÉCO, UMA RESISTENTE »



Hoje regressamos a Paris, mas em clássico. Em elegância pura. Pela mão da diva absoluta de uma época de ouro: Juliette Gréco.

Juliette teve a infelicidade, enquanto simples adolescente, mas a felicidade, enquanto ser humano e cidadã, de ter uma mãe resistente. Resistente, também naquele sentido vertiginosamente perigoso e heróico que umas boas centenas de compatriotas seus lhe deram durante a ocupação nazi: colaborar, ou pertencer mesmo à Resistência a essa ocupação e ao nazi/fascismo. 

Logo nos primeiros tempos da Guerra, seria presa pela Gestapo. Talvez para (entre outras coisas) demonstrar que o exemplo da sua mãe não tinha caído em saco roto, não demorou muito tempo para que Juliette, então com dezasseis anos de idade, se “fizesse” igualmente prender.

Depois de libertada e passado pouco tempo, o grande e colectivo suspiro de alívio do pós-guerra veio encontrá-la já perfeitamente instalada naquele que viria a tornar-se, definitivamente, o seu habitat natural: a noite, a canção e a cultura parisienses.

Apesar de o seu nome figurar nos elencos de algumas peças de teatro e várias dezenas de filmes, foi como cantora que a jovem Juliette Gréco tomou de assalto vários locais míticos da noite de Paris de então, conquistando o público pela sua maneira original de cantar e “dizer as canções”. 

Diz-se que também (vá lá entender-se porquê!) pela sua figura emoldurada por esguias roupas pretas e os seus cabelos de azeviche. Aí se renderam à sua arte, para a qual muitos deram contributos, nomes como Sartre, Prévert, Jean CocteauAlbert Camus, Boris Vian, Joseph Kosma, Aznavour...

Depois de instalada no seu lugar, decidiu amadrinhar e ajudar a divulgar novos nomes de autores e intérpretes... e com uma assinalável pontaria, já que entre esses “novos” figuram nomes comoLeo Ferré, ou Serge Gaisbourg.

Chega de apresentações. A cantiga de hoje é uma simples e belíssima canção sobre Paris (as belíssimas canções quase sempre são simples). Foi escrita em 1951, por Jean Dréjac e Hubert Giraud, tendo sido gravada por muitos intérpretes que vão de Yves Montand a Piaf.

Como único comentário ao vídeo de hoje, diria que, num tempo em que tantos artistas se defendem das suas “faltas”, escondendo-se atrás do biombo protector da tecnologia mais agressiva, de toneladas de foguetório e efeitos especiais que o público consumidor engole à força de rios de banha da cobra... a luminosidade deste momento, tudo aquilo que Gréco consegue dizer com um jeito de lábios, um movimento das mãos, um instantâneo franzir de nariz, o princípio de um sorriso cúmplice, um fugaz brilho no olhar... juntamente com a claridade da forma de cantar e de dizer as palavras... são de uma simplicidade que chega a ser “embaraçosa”.



JULIETTE GRÉCO CANTA: «SOUS LE CIEL DE PARIS»

      


 




Foto: in net
Vídeo: in YouTube
Texto: in samuel cantigueiro.blogspot.com

domingo, 1 de abril de 2012

« TOMAR CAFÉ COM UM AMIGO »

A « bica » ao balcão do Café

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Um professor diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra, pegou num frasco grande e vazio de maionese e começou a enchê-lo com bolas de golfe.
A seguir perguntou aos estudantes se o frasco estava cheio.

Todos estiveram de acordo em dizer que "sim".

O professor então pegou numa caixa de fósforos e vazou    dentro do frasco de maionese.  Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe.

O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a responder que "sim".


Logo, o professor pegou uma caixa de areia e vazou dentro do frasco.
   
Obviamente que a areia encheu todos os espaços vazios e o professor questionou novamente se o frasco estava cheio.
 
Os alunos responderam-lhe com um "sim" retumbante.

O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia.

 
Os estudantes riram-se nesta ocasião.

Quando os risos terminaram, o professor comentou:

 
- Quero que percebam que este frasco é a vida.   As bolas de golfe são as coisas importantes - a família, os filhos, a saúde, a alegria, os amigos, as coisas que vos apaixonam.

São coisa que mesmo que perdêssemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia.


Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro, etc. A areia é tudo o resto, as pequenas coisas.

 
Se primeiro colocamos a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe.

O mesmo ocorre com a vida.


Se gastamos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente são importantes.

 
Presta atenção às coisas que realmente importam.

Estabelece as tuas prioridades e o resto é só areia.


" Um dos estudantes levantou a mão e perguntou:

- Então e o que representa o café?


O professor sorriu e disse:

- Ainda bem que perguntas!


Isso e só para lhes mostrar que, por mais ocupada que a vossa vida possa parecer, há sempre lugar para tomar um café com um amigo."