sexta-feira, 30 de abril de 2010

DECLARAÇÃO UNIVERSAL dos DIREITOS do ANIMAL




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A Declaração Universal dos Direitos dos Animais foi proclamada pela UNESCO (e posteriormente pela ONU), no dia 27 de Janeiro de 1978, em sessão realizada em Bruxelas - Bélgica.

Preâmbulo

-Considerando que todo o Animal tem direitos.
-Considerando que o desconhecimento e desrespeito dos ditos direitos conduziram e continuam a conduzir o homem a cometer crimes contra a natureza e contra os animais.
-Considerando que o reconhecimento por parte da espécie humana dos direitos à existência das outras espécies de animais constitui o fundamento da coexistência das espécies no mundo.
-Considerando que o homem comete genocídios e que exista a ameaça de os continuar a cometer.
-Considerando que o respeito pelos animais, por parte do homem, está relacionado com o respeito dos homens entre eles próprios.
-Considerando que faz parte da educação, ensinar, desde a infância, a observar, compreender, respeitar e amar os animais.

Proclama-se o seguinte:

Artigo 1º
Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Artigo 2º
a) Todo o animal tem o direito de ser respeitado.
b) O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais ou de os explorar, violando esse direito. Tem a obrigação de empregar os seus conhecimentos ao serviço dos animais.
c) Todos os animais têm direito à atenção, aos cuidados e à protecção do homem.

Artigo 3º
a) Nenhum animal será submetido a maus tratos nem a actos cruéis.
b) Se a morte de um animal é necessária, esta deve ser instantânea, indolor e não geradora de angústia.

Artigo 4º
a) Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático, e a reproduzir-se.
b) Toda a privação de liberdade, incluindo aquela que tenha fins educativos, é contrária a este direito.

Artigo 5º
a) Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente em contacto com o homem, tem o direito a viver e a crescer ao ritmo das condições de vida e liberdade que sejam próprias da sua espécie.
b) Toda a modificação do dito ritmo ou das ditas condições, que seja imposta pelo homem com fins comerciais, é contrária ao referido direito.

Artigo 6º
a) Todo o animal que o homem tenha escolhido por companheiro, tem direito a que a duração da sua vida seja conforme à sua longevidade natural.
b) O abandono de um animal é um acto cruel e degradante.

Artigo 7º
Todo o animal de trabalho tem direito a um limite razoável de tempo e intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

Artigo 8º
a) A experimentação animal que implique um sofrimento físico e psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de experimentações médicas, cientificas, comerciais ou qualquer outra forma de experimentação.
b) As técnicas experimentais alternativas devem ser utilizadas e desenvolvidas.

Artigo 9º
Quando um animal é criado para a alimentação humana, deve ser nutrido, instalado e transportado, assim como sacrificado sem que desses actos resulte para ele motivo de ansiedade ou de dor.

Artigo 10º
a) Nenhum animal deve ser explorado para entretenimento do homem.
b) As exibições de animais e os espectáculos que se sirvam de animais, são incompatíveis com a dignidade do animal.

Artigo 11º

Todo o acto que implique a morte de um animal, sem necessidade, é um biocídio, ou seja, um crime contra a vida.

Artigo 12º
a) Todo o acto que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, ou seja, um crime contra a espécie.
b) A contaminação e destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Artigo 13º
a) Um animal morto deve ser tratado com respeito.
b) As cenas de violência nas quais os animais são vítimas, devem ser proibidas no cinema e na televisão, salvo se essas cenas têm como fim mostrar os atentados contra os direitos do animal.

Artigo 14º
a) Os organismos de protecção e salvaguarda dos animais devem ser representados a nível governamental.
b) Os direitos dos animais devem ser defendidos pela Lei, assim como o são os direitos do homem.



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Quando tudo perdemos, ... quando ninguém nos dá valor, ...quando ninguém nos quer,... eles nunca nos deixam, ou nos trocam! São o melhor que podemos ter! Pena que tantos não saibam disso.

[Texto e foto in: Blog 'O Cantinho da Iris'
http://ocantinhodairis.blogspot.com]

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Celebrar ABRIL, ontem e hoje... com RÃO KYAO





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Rão Kyao, nasceu em Lisboa. Desde cedo participou em grupos corais e, na sua adolescência, inicia estudos de flauta de bambu e estudos de saxofone. Nos anos 70 actuou nos grupos Status e The Bridge.
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Em França, durante dois anos, toca com grandes nomes do jazz e de música de carácter étnico e estuda música indiana.
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O LP Malpertuis (1976) foi o seu primeiro álbum gravado em Portugal, o que o coloca entre os melhores instrumentistas e compositores portugueses.
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Em Bombaim, onde se instala após participar no Festival Internacional de Música Jazz Yatra (1978), aperfeiçoa o estudo de flauta de bambu (Bansuri) em particular e da música indiana em geral; consciente da influência desta na nossa música tradicional, regressa a Portugal onde grava o álbum Goa. Em 1981 grava com músicos indianos o álbum Ritual.
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Em 1983, o álbum Fado Bailado reflecte a sua formação musical e o seu gosto pelo género, mas também a influência do Oriente através do povo árabe. Mais tarde, em Macau, é convidado a gravar um LP que revele, em termos musicais, a presença portuguesa no Oriente, ao qual dá o nome Macau ao Amanhecer. Volta a Bombaim para continuar os seus estudos de flauta de bambu e de música vocal indiana.
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Num outro álbum (Oásis,1985), faz a ligação da música indiana com a portuguesa.
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Em Danças de Rua, LP gravado entre o Brasil, Lisboa e Holanda, Rão kyao utiliza uma rítmica brasileira nordestina.
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Em 1992, com Delírios Ibéricos, junta a sonoridade portuguesa com o Flamengo.
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De volta às composições tradicionais e originais do fado, grava em 1996 Viva o Fado.
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Em 1999, com a Orquestra Chinesa de Macau, grava composições próprias que ilustram os 450 anos da presença portuguesa na província de Macau.
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É considerado o “embaixador” da música portuguesa por traduzir nas suas composições a nossa raiz popular e as suas influências orientais.
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Feita a apresentação do músico, informamos que nesta sexta-feira e no sábado, os Recreios da Amadora recebem dois concertos que recordam Zeca Afonso.
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Os projectos são completamente diferentes entre si, mas ambos encontram na figura de Zeca Afonso, para muitos a Voz da Revolução, um ponto de partida.
No âmbito da programação alargada das comemorações do 25 de Abril, que já começaram no início do mês, os Recreios da Amadora recebem nesta sexta-feira, dia 23, o projecto Boémia, que recupera as grandes canções de Abril, não só de Zeca Afonso, como de Fausto, Sérgio Godinho e José Mário Branco, ao passo que a noite de sábado, véspera do XXXVI aniversário da Revolução dos Cravos, a sala de espectáculos da Amadora, abre as portas a Rão Kyao que promete fazer uma viagem até anos atrás.
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Recreios da Amadora, sexta-feira e sábado, dias 23 e 24, a partir das 21h30.
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Vai ser, para além do mais... Ver & Ouvir!
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Até Sempre (...)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

DIA da TERRA... DIA da VIDA...












Hoje, 22 de Abril, comemora-se o dia mundial da Terra. Numa altura em que a salvaguarda do meio ambiente está na ribalta, as manchetes mediáticas viraram-se, na sua generalidade, para esse tema.


«Seja por uma questão de marketing ou por consciência ambiental, o meio ambiente tem sido o tema central de tudo.

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E quando digo tudo, é mesmo tudo! Desde empresas às exposições e passando por todo o tipo de indústria, tudo tem o mesmo tema de fundo.

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Ainda bem que assim o é, porque mesmo por questões de marketing, a mensagem vai começando a entranhar-se na mentalidade das pessoas e há cada vez mais gente consciencializada em relação à urgência de proteger o nosso planeta.

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Contudo e infelizmente, ainda há quem não tenha atingido tal nível e ainda continua a haver pessoas com práticas prejudiciais ao ambiente.

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Espero que com tanto alarido em redor do tema, os hábitos das pessoas venham a mudar para melhor e que daqui a um ano estejamos a comemorar este dia com bons olhos postos no futuro.»










Imagens da Net
Texto: Anderson,Mind 5


sexta-feira, 16 de abril de 2010

« OS CICLOS e RITMOS do DESTINO »

Jornada estelar
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Destino v/s Acaso
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A mesa dos sete pecados




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O homem é, no fundo, uma criatura conservadora. Pode desejar mudanças de vida e de ambiente, mas quando confrontado com qualquer alteração drástica entra em pânico. Este terror íntimo é mais forte e palpável quando a alteração se reveste da forma de catástrofe, deixando-o com a sensação de que o destino já não está nas suas mãos.
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Foi a sensação de insuficiência perante os horrores da doença, da seca, dos terramotos e das inundações, a morte de entes queridos e a sua própria morte que o levou a tentar explicar - e, se possível, evitar - esses acontecimentos, invocando a existência de forças que não são imediatamente óbvias ou mensuráveis.
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Muitas das forças em que o homem passou a acreditar como explicação e panaceia de situações desagradáveis são de natureza rítmica e cíclica, e todas elas controversas. Pensa-se por exemplo, que os biorritmos funcionam ciclicamente no nosso corpo e cérebro, controlando a performance física, emocional e intelectual, enquanto a técnica do biofeedback aspira a conferir-nos poderes sobre as actividades rítmicas do cérebro, apetrechando-nos com aparelhagem para registo da nossa fisiologia íntima.
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A arte médica da acupunctura baseia-se na antiga crença de que a energia que nos imbui de vida circula pelo corpo uma vez em 24 horas. Tanto o ciclo diário como o anual são a essência da astrologia, outra das artes mais antigas do homem, e é para os céus que olhamos quando tentamos usar os ciclos das manchas solares para explicar o padrão cíclico do campo terrestre.
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A crença nestes ciclos e ritmos implica grande capacidade de fé, porque, necessariamente, não podem ser medidos pela ciência. Essa fé em forças rítmicas e cíclicas, é quase tão velha como o próprio homem, visto que este foi sempre vitimado e destruído por catástrofes naturais.
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A atitude que hoje adoptamos pode ser a de não se poder esperar nada de mais preciso do homem pré-científico e de o homem moderno saber melhor. Podemos olhar essas forças com cepticismo misturado talvez com uma sensação sub-reptícia de que alguma verdade há nelas ou podemos optar pela ideia de que os antigos é que estavam certos, que as armadilhas da vida moderna nos cegaram para a potência dessas forças rítmicas e que ainda há muita coisa para descobrir.
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Onde estará a razão? Serão as nossas vidas determinadas pelos movimentos celestes cíclicos, conforme interpretados pelos astrólogos, ou reagimos aos nossos biorritmos internos determinados, como as influências astrológicas, pelo dia do nosso nascimento? As catástrofes naturais dependerão do fluxo e refluxo das manchas solares? Poderá o cancro ser curado pela acupunctura, que altera o fluxo cíclico da energia do corpo? E poderão as nossas ondas cerebrais eléctricas rítmicas ser controladas de modo a libertar-nos da ansiedade e do stress?
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A resposta à maior parte das questões é que não sabemos.
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Mas como algumas dessas forças rítmicas fizeram parte da crença humana durante tantos séculos e como constituem, para muitos, uma parte em evolução da medicina e psicologia modernas, vale a pena examiná-las a fundo.
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No estudo dos factos rítmicos ou cíclicos, particularmente nos que parecem ter uma componente mística, emprega-se muitas vezes a prova estatística para apoiar ou desmentir uma teoria. Cada vez que nos meios de comunicação nos dizem existir uma tendência neste ou naquele sentido, estamos a colher os resultados dos métodos estatísticos.
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O problema com tais estatísticas é a sua interpretação precisa. Um céptico diria que, com a estatística, tudo se pode provar ou negar. Assim, quando tentamos compreender se são reais factos rítmicos e cíclicos misteriosos e nos apresentam provas estatísticas, temos de ter tanta cautela com os números como com os fenómenos.





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- Fotos seleccionadas na Net.
- Texto baseado na consulta de trabalhos de
Carl Sagan e do Prof. Edward S. Ayensu.

terça-feira, 13 de abril de 2010

DIA do BEIJO..., QUE VIVA o BEIJA-FLOR!





.« Um certo... Beija-flor »


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Um beija-flor esvoaçante

fez pousada no jardim…

Beijou a flor mais bela…e

se apaixonou pela flor do jasmim…

Muito alva e perfumada,

no arbusto se destacavam

uma flor e um passarinho,

trocando carinhos sem fim…

O néctar da flor, jorrava

pelas folhas orvalhadas…

onde lagartas faziam a metamorfose

e em lindas borboletas se transformavam.

O jardim ficou assim;

rosas, dálias, lírios e jasmins desabrochando,

pardais, bem-te-vis e borboletas esvoaçando…

Um delicioso perfume se espargia com o vento

que ia e voltava, p’ra não perder o espectáculo

que a natureza ali criava.

A passarinhada alvoroçada,

assanharam passarinho e passarinha,

que começaram uma cantoria,

que durou por todo o dia…

O néctar do jasmim,

pela beija-flor colhido,

espalhou-se pelo jardim,

que logo ficou todo florido…

E assim, como era

o início da primavera,

as flores em seu festival multicor,

enfeitavam o nascer do amor,

propiciando arroubos apaixonados,

entre corações enamorados…

O jasmim apenas agora espera,

que o beija-flor jamais se esqueça

de novamente seu néctar vir buscar,

para outra vez poder amar...



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.Dia 13 de Abril
o

Dia do Beijo





Legenda
- Imagens seleccionadas na net.
- Poema da autoria de: Mariel Salavery


sábado, 10 de abril de 2010

DERRAMANDO PAPOILAS DE SANGUE...





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A papoila tem o tom vermelho, rubro da festa em brasa.

E, no verde manso do trigal - se aparece

É o grito que contesta a cor certinha o ondular cadente

ao toque do tempo - compassos do vento!...

É a gargalhada insólita, inesperada

que desfralda a revolta recalcada !

E... a papoila sabe!

Cativante! - Erótica, ao tacto macia...

tem toque de pele - morna como um ventre ...

tem toque de seda - um mole de veludo

- Um nada de cada - um pouco de tudo ...

Por isso, disfarça o olhar pestanudo

de estames fartos que o ópio perturba...

- Sabe-lhe o negrume e esconde-o bem

na cor escaldante que as pétalas tem.

- Bem de longe chama! - sou de sangue e lume!

- Sou de sangue e lume!...

- E, só se colhida - de morte já ferida

em requebro de tango, maldosa, perdida

sensual, pagã - confessa o ciúme

de usar veneno em vez de perfume.

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Maria José Rijo

LIVRO DAS FLORES








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Há pouco, recebi este Poema de presente!
Partilho-o com quem me quiser
acompanhar nos trigais campos
colhendo o espírito do pão
namorado das papoilas (...)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

« UM SACRAMENTO 'DÉMODÉ'... »

Imagem da Introspecção

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O Filósofo Sócrates
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A velha ideia da justiça vendada





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É pior cometer uma injustiça do que sofrê-la, porque quem a comete transforma-se num injusto e quem sofre não. Julgamos ter visto a frase anterior atribuída a Sócrates. Mas muitas outras pessoas disseram coisas semelhantes ou experimentaram isto nas suas vidas. E é também esta, talvez, a nossa experiência.
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Ao fazermos o mal, fazemos o mal, em primeiro lugar, a nós mesmos. Aquilo que resulta desses actos é uma ferida noutras pessoas - se o mal que cometemos foi directamente contra alguém - e uma outra ferida, que permanece dentro de nós sob várias formas. Esta última é certamente ainda mais dramática do que a primeira. É uma espécie de terrível doença interior.
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Existe o remorso. O desconforto de estarmos a sós connosco mesmos. Existe a angústia. E o desejo impossível de esquecermos. Existe a vontade louca de estarmos entretidos, a fuga à solidão e ao silêncio. A tentativa inútil de encontrarmos uma maneira de justificarmos perante nós mesmos os nossos actos. Existe o álcool... e a droga. E o medo. E, algumas vezes, o suicídio!
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A felicidade deixa de estar presente.
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Só muito raramente a felicidade tem relação com o conforto material, dinheiro, prazer, desejos satisfeitos. Resulta da fidelidade esforçada àquilo que a nossa consciência nos dita. É o fruto sem preço de um comportamento correcto.
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Consciência é o nome que damos à nossa inteligência quando - à maneira de um juiz - julga os nossos actos, realizados ou previstos, de acordo com um critério de bem e mal. Avisa-nos, censura-nos, mostra-se agradada.
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Porque existem o bem e o mal, o certo e o errado. A verdade é que - quer queiramos quer não - chegamos ao mundo com umas regras de funcionamento. E a consciência é uma prova disso. Somos como as máquinas que construímos: se enchermos com gasóleo o depósito de um automóvel que gasta gasolina, teremos problemas; a máquina de lavar não se move se não estiver ligada à corrente eléctrica!
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A felicidade depende dessas regras de comportamento que trazemos gravadas em nós e não podemos alterar: Uma mentira que dissemos feriu-nos. E a calúnia, e um roubo, e um atentado contra a família. E por aí fora.
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Que fazer quando a consciência não se cala, quando já não suportamos mais uma certa podridão que sentimos cá dentro, quando todos os argumentos que desenhámos já não nos dão sossego, quando nos assalta uma amargura infinita e vemos em nós um monstro?
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Chega um momento em que sentimos necessidade de um banho interior que nos limpe, de um fogo que nos purifique. Que fazer? Existirá uma coisa assim, capaz de tocar o intocável? Haverá uma solução que impeça o desespero? Existirá qualquer coisa que torne possível começar realmente uma vida nova? Pode-se voltar a ser criança, ter de novo os olhos limpos?
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Não descobrimos outra coisa senão aquilo a que os cristãos católicos chamam o Sacramento da Confissão. É possível encontrá-lo num canto sombrio de alguma antiga igreja, junto de um padre. Muitas pessoas o têm utilizado, sentindo-se depois puras como crianças e alegres como pássaros. Talvez possamos experimentá-lo. Claro que tem as suas próprias regras - que não são difíceis de aprender - e que teremos de estar dispostos a uma humilhação e a que nos doa. Mas isso é o que se espera de um fogo purificador:
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A Confissão está fora de moda. Tanto, que uma maioria de pessoas até tal ignora! Tão fora de moda como a felicidade...
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o que quer dizer alguma coisa!

domingo, 4 de abril de 2010

FACTOS E FOTOS DA PÁSCOA







.Todos os anos, além da festa do Natal, há a festa da Páscoa que marca uma passagem quer no calendário litúrgico, quer naquele civil com as férias da escola. Como aprendiz de teólogo, queria partilhar o porquê deste dia não por ser fixo, mas móvel!
A Páscoa é uma festa bem antiga, que remonta a muitos séculos antes do cristianismo e de Cristo. Era a festa judaica que celebrava a libertação do povo do Egipto. Claro que com a vinda de Cristo, a festa passou a ter um novo sentido, sobretudo para os cristãos que a viam como uma nova passagem, já não da escravidão egípcia à liberdade prometida, mas mais ainda, da escravidão do pecado para a redenção que nos foi dada pelo redentor, Aquele que pode ser tudo em todos!
A Páscoa é sempre celebrada no primeiro ou segundo mês do ano. Isto é: no primeiro ou segundo mês do ano astronómico que começa com o equinócio de primavera. Também assim o era para os latinos. E por isso assim ficaram os nomes dos meses! Os primeiros (Janeiro a Agosto) ficaram com o nome de imperadores ou deuses; os outros ficaram com o nome que correspondia ao número. Assim, setembro mês sete, outubro mês oito, etc.
O calendário judaico chama ao primeiro mês do ano Nisan ou Aviv (reminescência dos grandes babilónicos e do babilónico Nisanu).
O calendário hebraico é um calendário do tipo lunar baseado nos ciclos da Lua, composto alternadamente por 12 ou 13 meses de período igual ao de uma lunação, de forma a que o primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro dia de lua nova. 14 de Nisan, foi, há muitos anos atrás, uma sexta-feira, por volta do ano 30 D.C.! Foi nesse dia que, segundo os anais morreu Jesus! Assim sendo, a Páscoa celebra-se sempre no domingo a seguir ao 14 de Nisan, ou seja, no primeiro domingo depois da primeira lua-cheia a seguir ao equinócio de primavera. Foi o concílio de Niceia, no longínquo 325 D.C. que se definiu esta regra.
Convém notar ainda o seguinte, uma vez que os "feriados e pontes" são calculados a partir da Páscoa.
- A data da Páscoa nunca pode ocorrer antes de 22 de Março nem depois de 25 de Abril!
- O dia de Carnaval, sempre à terça-feira, é 47 dias antes da Páscoa. O Dia da Ascensão, numa quinta-feira, 39 dias depois. O Domingo de Pentecostes, 49 dias depois. O Corpo de Deus, numa quinta-feira, 60 dias depois.
- Os anos múltiplos de 100 não são bissextos, excepto se forem também múltiplos de 400.
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Nota:
Este texto foi enviado pelo meu amigo José Bernardino, que teve a amabilidade de trabalhar para enriquecer de conteúdo as páginas destas edições Alfobre.
Para não ser repetitiva a temática da Páscoa nos outros dois blogues, publicamos este trabalho no "Munho do Alfobre", que lá vai moendo e produzindo matéria de alimento para o espírito.
Apresento os meus agradecimentos pela oferta de colaboração, e aguardo por novas iniciativas editoriais.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

"DIA das MENTIRAS" - S. HUGO de GRENOBLE.









.Hoje é dia 1 de Abril, tradicionalmente considerado o dia das mentiras. Seria óptimo que apenas se mentisse neste dia específico, e, depois se ficasse por aí..., tal e qual como se faz, por exemplo, ao dia internacional da mulher em que se oferecem flores e se faz larga referência a que a mulher tem direitos, ficando a coisa por aí, ao baterem as doze badaladas da gata borralheira. Idem, aspas aspas, para outros dias - mais que muitos -, que têm um dia por ano para celebrar - como o Natal -, passando-se depois todos os outros trezentos e muitos dias a ignorar os motivos porque naquele dia se deram abraços, prendas e se evocaram um montão de hipócrisias que se vão esbater no resto do calendário.
De facto, o dia um de abril é uma data extraordinária e privilegiada, na medida em que se celebra uma vez por ano e perduram os festejos durante o resto do tempo.
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Também é dia de um santo; o Santo Hugo de Grenoble. Existem uns dezasseis santos com o nome de Hugo. Os dois mais importantes tiveram muitas coisas em comum. Além do nome, são quase do mesmo tempo e lugar. Um é Hugo, abade de Cluny (1204-1109) e o outro, bispo de Grenoble (1053-1132).
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Poderia apresentar neste post algum desenvolvimento sobre a circunstância de o calendário mencionar este dia 1 de abril como dia de S. Hugo de Grenoble.
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Existe a inevitabilidade porém, de em vez de um S. Hugo, termos de falar de outro S.Hugo! Nem sou capaz de identificar nas imagens acima reproduzidas se são os dois, ou se se trata de um apenas!
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Por exemplo, o Hugo de Grenoble foi um dos fundadores da Ordem dos Cartuxos. O outro, o de Cluny, fez voto de silêncio e não falava com os 'colegas'. Fazia parte dos ritos de exercício dos votos com que se tinha comprometido.
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Não faz mal se não adiantar mais nada posto que, como é dia das mentiras e pontificaram esta data com o nome de S.Hugo, ainda alguém vai imaginar que recorri a um tema respeitável para andar a brincar às aldrabices.
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Ficarei por aqui, e aviso os leitores para não esquecerem de redobrar a vigilância contra a mentira, pois hoje é o dia-mor das mentirolas!
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[Imagens recolhidas na Internet]