sexta-feira, 24 de setembro de 2010

« A ESCOLA AINDA NÃO É PARA TODOS »

Fortino Mario Alfonso Moreno Reys
« CANTINFLAS»
(1911 - 1993)
Actor e humorista mexicano

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Um filme humorístico e simultâneamente dramático pela denúncia - que se mantém actual - aos entraves que a Educação sofre das mais diversas maneiras




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A Escola ainda não é para todos, porque muito embora os nossos filhos tenham regressado às aulas, há cerca de sessenta e nove milhões de crianças no mundo que não têm essa oportunidade.
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Então se nasceram raparigas e em países como o Afeganistão, ou o Paquistão - são exemplos -, aprender é-lhes vedado. E o mais grave é que em lugar de diminuir, o número aumenta, como efeito colateral de uma crise económica mundial, que leva a que os países esqueçam que subscreveram os Objectivos do Milénio, revela o relatório "Back to School", da Global Campaign for Education - (CGE) Campanha Global pela Educação, que é uma coligação internacional de organizações não governamentais, sindicatos, instituições escolares e movimentos sociais de todos os tipos, empenhada na luta pelo direito à educação.
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Esta coligação nasceu em 1999 com o propósito de exigir dos governos o acesso e o usufruto do direito à educação para todos.
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Reclama que se ponha em prática todas as declarações que emergiam de fóruns e cimeiras internacionais até à data.
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Em Portugal, a CGE é implementada por uma plataforma de organizações da sociedade civil.
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E... o que temos a ver com isso? Tudo! O ciclo de pobreza só se corta com crianças alfabetizadas, capazes de garantir o desenvolvimento dos seus países.
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Se lhes retirarmos apoio, e por maioria de razão quando já enfrentam problemas acrescidos, mergulham de novo na miséria.
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E a miséria é o combustível da guerra, do terrorismo, das epidemias, da emigração clandestina e de todos os males que, mesmo o mais acomodado do europeu, quer longe da sua porta.
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Por solidariedade, sentido de justiça, ou até egoísmo, temos de pressionar os nossos políticos a cumprirem as promessas que fizeram!
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Em nosso nome (...)



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Reproduzimos seguidamente, dois de onze episódios do filme intitulado «EL PROFE » [O Professor].

.Considerada uma película cómica, tal não é bem assim, porque o tema tratado é demasiado sério para se confundir com comicidades. Por alguma razão suspeita este filme desapareceu das séries que muitos produtores de programas costumam repetir.

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É a saga de um abnegado Professor que consagrou a sua vida ao ensino, sacrifica a comodidade de uma cidade grande para marchar até ao povoado de Romeral, onde são necessários os seus serviços. Ali vai ter de enfrentar o poderoso cacique local, interessado em fomentar a ignorância aos seus habitantes.
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Gostaríamos de mostrar o filme todo, mas ninguém iria (ter TEMPO) ver! Mesmo assim, consideramos um abuso apresentar, logo dois episódios! Dá para passar à frente, apreciar e sentir que muitas cenas serão para ir às lágrimas, mas não com vontade de rir! O YouTube tem lá tudo! Desde Sócrates, o Professor mexicano - Cantinflas -, começar a dar aulas num espaço que acabou por lhe ser tirado para dar lugar a um antro de pândega, passando ao improviso de, na sua persistência, fazer uma escola campal! Ao ar livre! Mesmo assim... incendiaram o fraco equipamento da 'Escola acampamento' e... foram ainda mais longe: raptaram o professor!!...
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... O final da história traz, felizmente, uma moral! Os maus foram descobertos e a Justiça conseguiu ser feita (...)
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Valha-nos a consolação de assistirmos à vitória do Bem, pelo menos em filme!.


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Este Actor foi considerado por Charlie Chaplin - Charlot - um dos maiores intérpretes de todos os tempos no seu género de representação e estilo

sábado, 18 de setembro de 2010

« O ÚLTIMO DOS CAVALOS SELVAGENS: ' PRZEWALSKI ' »

Pintura rupestre numa gruta da Ásia, representando a espécie cavalar a que milhares de anos depois se denominou " Przewalski "

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Coronel Russo Nicolai Przewalski (1839 - 1888) que descobriu esta 'nova' espécie de cavalos em 1881 nas suas explorações pela Mongólia e Noroeste da China. Estes animais foram perseguidos pela actividade da Caça devido à qualidade da sua carne, não tendo sido nunca utilizados como animais de sela, ou de tracção, devido à sua 'personalidade' indomável

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Exemplares da raça cavalar "Przewalski "
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..Um Amor que vem da Pré-História

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O cavalo-de-Przewalski, descrito em 1879 pelo coronel Przewalski na sua viagem de regressa da Mongólia, pertence à família dos equídeos que também englobam as zebras e os burros selvagens.

Ao contrário de outros cavalos como os Mustang (nascidos como animais domésticos e depois voltados ao seu estado selvagem), estes nunca foram domesticados.

Este pormenor faz com que esta espécie de cavalos seja reconhecida como a única espécie selvagem no mundo.

Há milhares de anos, esta espécie de cavalos corriam livremente nas zonas da Ásia Central e da Europa (como demonstram as pinturas famosas e rupestres do sul da França e do norte de Espanha).

Já há muitos anos que este cavalo não se encontra em liberdade em nenhuma zona da Europa. Os últimos foram observados nos anos 70 em Dzungaria (Mongólia).

As organizações internacionais de conservação da Natureza consideram o cavalo-de-Przewalski como uma das espécies mais ameaçadas do mundo. Graças a estas associações, a espécie pôde ser salva da extinção. Mas, actualmente, infelizmente, não encontramos nenhum exemplar sem ser em cativeiro.

Este modo de vida põe em grave perigo o futuro desta espécie de cavalos. Por isso, estão a ser elaborados planos de reintegração desta espécie para que possam estar em liberdade, principalmente na Mongólia e na China, apesar de estes projectos serem difíceis de realizar e demorarem muito tempo a serem iniciados.

O cavalo-de-Przewalski difere geneticamente do cavalo domesticado porque tem sessenta e seis cromossomas e não sessenta e quatro. A sua aparência revela vários detalhes “primitivos”: Uma cabeça grande (que não está proporcionada ao resto do corpo), os seus olhos estão colocados em altura, as suas orelhas são largas, um pescoço espesso e um corpo compacto onde se destacam as patas, que são proporcionalmente mais curtas.

Ninguém conseguiu alguma vez montá-lo ou domá-lo.

O cavalo-de-Przewalski é capaz de sobreviver com pequenas rações e pode aguentar temperaturas muito quentes e muito frias.


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Entretanto, no programa orientado para impedir a sua extinção, Portugal acolheu quatro cavalos selvagens que seguiram para o Alentejo, com destino à coudelaria de Alter do Chão.
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Vieram da China e da Inglaterra. A 'Suzannah' é uma égua de 17 anos. O 'Desejado' é seu filho e nasceu o ano passado. O 'Brasão' é o outro selvagem do reduzido grupo de Alter.
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O grupo que inicialmente foi colocado no Alentejo incluía as fêmeas 'Suzannah', 'Mo', 'Virgínia' e o macho 'Sirano'.
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Desse grupo restam 'Suzannah' e 'Sirano'. Nestes dez anos em Portugal nasceram dez crias, incluindo dois nado-mortos. Uns morreram. Outros foram conduzidos para Espanha.
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A vinda para o nosso país fez-se ao abrigo do Programa Europeu de Reprodução, conduzido pela Associação Europeia de Jardins Zoológicos e Aquários.
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A coudelaria de Alter do Chão candidatou-se a participar nesse programa com vista a perpetuar a espécie de "Przewalski". No entanto, os quatro cavalos selvagens vivem no Alentejo, mas não se sabe até quando porque, a reprodução não correu como se desejava e como era lícito supor.
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Isto significa que, estes cavalos tendem também a desaparecer do território português (...)
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Diz-se que o antepassado selvagem dos actuais cavalos domésticos pertenceram, exactamente, à família dos "Przewalski" e foram declarados extintos no decorrer do Século XIX.
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O último - que estava em cativeiro -, morreu em 1909 num jardim zoológico da Rússia.
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Apesar de todas as dificuldades que este animais atravessaram ao longo dos milénios, incluíndo as perseguições dos depredadores da caça, estes heróicos animais conseguiram chegar aos nossos dias como passagem do testemunho dos homens do Paleolítico que nos transmitiram por via da Arte - Pinturas Rupestres -, a existência destes seres cheios de dignidade... que nunca se deixaram dominar por ninguém (...)






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"OBRIGADO"










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Fotos in: Net

Parte do texto, adaptado do
"O Zoófilo", Orgão Oficial da
Sociedade Protectora dos Animais
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de que o Autor do Blogue é Sócio.


sábado, 11 de setembro de 2010

« HOMENAGEM às VÍTIMAS e FAMÍLIAS do TERROR do 11/9 »

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.O 11 de Setembro de 2001 foi sem dúvida uma página da História Universal que se viu escrita a sangue (...)



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> Uma Flor sentida <

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O colapsar do WTC (World Trade Center) e de parte do Pentágono, mostrou ao mundo a vulnerabilidade das grandes potências. Aliás, para mim, ao contrário de muitos amigos da minha geração para quem a Nação Norte Americana era o "El Dourado", este mito do "American Way of Life" sempre me pareceu uma ilusão caleidoscópica a que muitos andavam agarrados. Com o ruir do WTC ruiu também o sentimento de confiança que a América mantinha na sua própria invulnerabilidade.
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Nunca me identifiquei muito com a distintíssima visão do grande pensador Alexis de Tocqueville (29/7/1805 - 16/4/1859) - Alexis Henri Charles Clérel, Visconde de Tocqueville que, no Século XIX, retratou os E.U.A. como o país por excelência da liberdade.
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Compartilhei mais o modo de ver de Noam Avram Chomsky (Pennsylvania, 7/12/1928) que, vislumbrou o povo Norte Americano como materialista, egoísta e individualista que potenciou que as rédeas de Ronald Reagan, Bush pai e Bush filho levassem esta Nação a uma violenta crise de auto-estima que começou com a tragédia do 11/9/ 2001 e se prolongou até à crise capitalista despoletada pelas fraudes financeiras descobertas na esteira de Bernard Madoff, que ocasionaram metásteses pelo resto do planeta!
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Os E.U.A. estão longe de servir de paradigma Civilizacional. Tornaram-se mais modestos e mais prudentes com o Presidente Barack Obama é certo, mas precisam de se concentrar mais na casa comum da Humanidade que é o nosso planeta, se se querem ver reconhecidos como autoridades morais! Têm, portanto, um longo caminho a percorrer, de forma a acabar com a instabilidade social e emocional do seu povo fardado e à paisana e, também, no que se repercute pelo resto do mundo.
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Em poucos minutos, a barbárie provocou o mais grave atentado terrorista de todos os tempos, que fez também explodir o sentimento de invencibilidade dos norte-americanos, 8 meses depois da chegada de George W. Bush à Casa Branca.
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De hoje a um ano, Marco Zero, o Memorial de 11 de Setembro, de mais de 32 mil m2, será inaugurado no Aniversário dos 10 anos do ataque terrorista, em memória das cerca de três mil vidas que ali pereceram.
Com confiança... e muita esperança...


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A LIBERDADE MERECE

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

« TRIBUNAL EUROPEU PROÍBE CRUCIFIXOS NAS ESCOLAS »


AULAS SEM CRUZES ...

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Itália multada


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A decisão do Tribunal Europeu decorre da queixa de Soile Lautsi, que, em 2002, considerou a presença de um crucifixo na sala de aula do filho contrária aos princípios com que pretendia educá-lo. Depois de apresentar um protesto formal, a direcção da escola decidiu manter o símbolo. Quando o governo do país considerou a decisão "natural" - por ser um símbolo da única igreja citada na constituição italiana -, Lautsi levou o caso ao Tribunal Constitucional (que afirmou não ter jurisdição sobre o assunto) e depois ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Estrasburgo. Reconhecida legitimidade à queixa, o estado italiano foi condenado a pagar uma indemnização de 5 mil euros à mãe do rapaz. Embora reconhecendo que a exibição do crucifixo "pode ser encorajadora para os alunos religiosos", os juízes consideraram que pode também ser "incómoda" para os fiéis de outras religiões ou para os ateus.

À excepção dos dois partidos comunistas do país, a Itália já rejeitou a condenação, com a ministra da Educação, Mariastella Gelmini, a defender que "a presença de crucifixos nas aulas é um símbolo da tradição" do país. "A decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos está impregnada de ideologia", afirmou.


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... ou a cruz das aulas...?



+O+

A Itália foi condenada pelo Tribunal Europeu de Justiça por ainda ousar ter crucifixos nas salas de aula, considerando-os susceptíveis de perturbarem "as crianças de outros credos".
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Esta decisão, curiosamente, indignou fortemente as autoridades italianas que a classificaram de absurda, vergonhosa e pagã, pelo que o próprio Governo pretende recorrer da sentença.
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A ministra da educação reconhece no crucifixo um símbolo da herança cultural, cujas tradições têm percorrido e permanecido ao longo dos séculos.
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Será que a Corte Europeia dos Direitos Humanos ignora o papel essencial do cristianismo na formação da identidade europeia dos dois últimos milénios da nossa História?
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Numa época em que se luta desesperadamente pela saída do abismo e do vazio espiritual em que alguns pensadores lançaram a Europa, nada mais inadequado do que extinguir e banir a única referência que deu corpo a um conceito de dignidade, numa abrangência de respeito, afecto, igualdade e amor que faz deste continente um espaço privilegiado de saber, razão, fé e tolerância.
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Toda a História da Igreja faz parte integrante do contexto geral, cultural e político em que a humanidade viveu cada época ao longo do seu peregrinar na Terra, através dos tempos, rumo a um fim sem tempo, porque infinitamente sobrenatural.
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Renegá-lo é ignorar ou fazer apagar a memória do todo que ele reflecte, representa e do qual se constrói a origem e a essência da nossa identidade geográfica.
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« Mais uma vez, o Senhor... foi condenado... »
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O drama do repúdio do Salvador não é novo, sempre as concepções políticas modernistas de todas as épocas na História que flui, não estiveram à altura de compreender a mensagem dos que ousam superar-se e transcender a barreira do quotidiano limitado, caduco e imperfeito.
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A dimensão dos valores éticos e políticos burilada pelo religioso colide e ameaça os homens, cuja mentalidade não vai além do simples preconceito, ficando muito aquém da abertura a níveis superiores de entendimento que supera os liames fechados em que sonham reinar.
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Com ou sem cruzes a Igreja de Cristo existirá até ao fim dos tempos e as salas de aula, sob um inóspito clima de ausência de valores, reflexo do que prolifera nas sociedades ditas modernas, estão condenadas a um Inferno ao vivo.
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Talvez as abóboras do Halloween ou, quiçá, a planta da cannabis corresponda melhor ao espectro de uma sala de aula onde toda e qualquer hipótese de ensinar é sobejamente abafada, ameaçada, para não dizer crucificada.
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Aulas sem cruzes seriam salas com condições, alunos educados e estimulados para aprender e, de preferência, com a felicidade de terem pais que lhes tenham ensinado a diferença entre sala de aula e recreio, entre Escola e Estádio de Futebol e que também lhes tenham transmitido o valor da honestidade do trabalho, o amor ao saber, o respeito por si próprio, pelos outros e por toda a Humanidade em geral.





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Dois milénios de História p/o caixote do lixo

+o+o+ [ SEM + PALAVRAS ] +o+o+