quinta-feira, 28 de outubro de 2010

«JORNALISMO: INFORMAÇÃO ou DIFAMAÇÃO, EIS A QUESTÃO!!»




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.O Jornalismo deve pensar-se como um exercício dirigido à Sociedade, porque o público está condenado a receber informação medíocre. Na profissão é preciso ética, mas também, paixão, vida e dinamismo.
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O poder das ideias acima das ideias do poder, porque não se é jornalista seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia.
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Recomendo aos leitores que dediquem atenção ao post que a seguir republico, da autoria do Blog «Duas ou três coisas», intitulado "O nosso jornalismo", o qual me 'inspirou' um "comentário" que, pela sua extensão, não me atrevi a inscrevê-lo na coluna dos comentários do "duas ou três coisas".
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Assim, transformei-o em 'post' que a seguir exponho à apreciação, agradecendo as críticas e os comentários.




.O nosso jornalismo

Há dias em que não há pachorra, desculpem lá.

Portugal sobe de 35º para 32º país em matéria de transparência em corrupção. O título? "Portugal em 32ª posição entre 178 países".

No mesmo jornal, no mesmo dia, a notícia de que Portugal baixou de 25º para 26º no índice de prosperidade. O título? "Portugal desce para o 26º lugar no índice de prosperidade".

Como se chama a isto, em termos de decência deontológica? São jornalistas quem escreve este género de textos? O SNI era mais sofisticado...

Francisco Seixas da Costa10 comentários



Read more:
http://duas-ou-tres.blogspot.com/#ixzz13eeVXN9o



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LIBERDADE de INFORMAÇÃO ou LIBERDADE de DIFAMAÇÃO?
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.Todos sabemos que o período de tempo designado por Estado Novo, de 1926 a 1974, foi caracterizado por uma ditadura política, em regime de partido único, que afectou a liberdade dos media. É bom não esquecer os muitos e ridículos cortes, de que todas as notícias eram alvo.
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A censura e o exame prévio, limitaram durante muitos anos a expressãp e o pensamento, em todas as formas pelas quais se poderiam manifestar.
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Com a revolução de 25 de Abril e a instituição da democracia em Portugal foi abolida a censura, o que em si constitui uma conquista extraordinária, pela qual todos ansiávamos.
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Todavia, de alguns anos a esta parte, assistimos a uma verdadeira derrapagem no sentido oposto. A preocupação já não é dar a notícia e informar, mas agitar, intoxicar, inquietar e sobretudo, denegrir a imagem de todos os que caiem nas suas mãos.
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Muitos são mais ou menos enxovalhados, com o levantar de suspeitas, difamações e histórias invertidas, mal contadas, distorcidas, ou quiçá, mesmo de todo irreais.
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Ninguém fica ileso, Governo, Justiça, Saúde e Futebol, emtre outros, são alguns dos alvos escolhidos pelos novos agentes de informação. Todos os conhecemos bem, com o seu ar provocador não se coibem de perguntar, contornar, insinuar e concluir, parcial e intencionalmente, sobre o que o seu entrevistado quis ou não dizer.
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Acreditamos que algumas 'coisas' não estarão bem, mas no meio de tanta panóplia construída e distorcida, o facto é que o pacato cidadão com direito a ser informado, fica cada vez mais confuso, deprimido e triste, sem saber em quem ou em quê, há-de acreditar.
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Como exemplo, citemos só o problema da Casa Pia: alguém sabe explicar o que verdadeiramente aconteceu ou ainda acontece? Quem sofreu e sofre continua indefeso e de verdade pouco sabemos a quem culpar... Correm os anos, rios de tinta e dinheiro saído dos nossos bolsos em investigações, processos judiciais e indemnizações, mas o espectro da verdade ou da mentira continua a assombrar os nossos espíritos...
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Há uns anos, numa Palestra, um jovem adolescente perguntou ao jornalista Carlos Fino, como era possível numa época em que tanto se falava em princípios éticos e seriedade na informação, haver uma corrida desenfreada às maiores audiências, sem atender ao conteúdo da informação, atropelando-se mesmo algumas liberdades. Ele, no seu jeito educado e experiente de jornalista sério, o "homem da guerra em directo", procurou contornar a questão, para não apontar o dedo ou magoar alguém mas, notou-se-lhe algum embaraço, e deu para entender o que esta situação representava para um profissional com princípios, que apostou na excelência, para além da humildade e honestidade, com que sempre trabalhou.
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Recuando mais no tempo, recorde-se o Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses, aprovado em 1993 por todos os detentores de Carteira Profissional, nos seus singelos e elucidativos dez artigos que abrangem com uma coerência ampla, inteligente e clara, especificando tudo o que deve ser feito e também o que não pode, de forma alguma, ser motivo de atropelo ou de transgressão.



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Como em dezassete anos, tanto se prevaricou nesta área! A perenidade dos valores é uma constante para além dos tempos, o bem é sempre bem e o mal é sempre mal, matar é crime e roubar também, quantos menos paleativos houver, mais segurança e consistência terá a liberdade humana.
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Naturalmente que cada época tem os seus contornos, pelo que se tem de ajustar a forma de implementar os mesmos valores integrando-os nas sociedades modernas, mas nunca trocá-los pelo oposto ou inverter os seus conteúdos.
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Instalada a permissividade, segue-e a demissão de intervir, o desleixo e a apatia, fruto das ideias do relativismo, esse espaço amplo e pardo onde acontecem as maiores atrocidades e atropelos à dignidade do Homem.
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Diz o ditado que "quem cala consente", ou que "tão ladrão é o que rouba como o que deixa roubar"... Será que a "voz do povo já não é a voz de Deus"?



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É possível que, com os orgãos de informação a "moldarem a nossa cabeça", nivelando tudo pelo básico, superficial e daninho, todos se vão demitindo de reflectir no que ouvem, optando por papaguear o que nos vão impingindo, com a maquiavélica intenção de forjar e moldar todo o nosso ser [são os 'opinion makers'].
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Porém, é um erro grave e é chegada a altura de parar para pensar, pois em águas turvas e agitadas ninguém se salva, estando aberto o caminho para a derrocada final.
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Num país e numa Europa que "ignora" voluntariamente todas as suas origens, pactuando com o inimigo, não sabendo para onde vai e insistindo em repelir toda a tradição cultural que a formou, é expor-se à mercê de todos os interesses políticos e económicos, de índole ética pouco recomendável, com que somos invadidos e apoderados por outras potências, cuja possível "missão" será mesmo a nossa destruição.
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Fomenta-se a mentira, o horror, o medo, as psicoses aumentam, o laxismo instala-se e este velho e nobre continente atrofia, agoniza com a falta de amplitude de ideias e de ideais, tradições e cultura que fizeram deste pequeno país um exemplo para todo o mundo.





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O Repórter

4 comentários:

Clube Europeu ESJAL disse...

Well, it's complicated.
Principalmente se queremos evitar classificar o jornalismo actual com uns adjectivos que não se encontram no dicionário...! Que é o que dá vontade de fazer. Mas, eles, os jornalistas, acham que procedem sempre muito bem... São os maiores, pá!

César Ramos disse...

Swt,

Yes, very complicated!

Achando-se grandes... nem se dão conta de não serem grande coisa!

Fico triste por dizer isto, pois tive o Jornalismo como objectivo de vida e, a decepção, é pior do que um Santo cair do altar!

O mercenarismo é que está a dar cabo deles!...

É a lei da sobrevivência e a falta de independência económica, que transforma a Imprensa escrita, por exemplo, em 'pasquins'!

Honremos entretanto, as excepções que ainda existem!...

Cumpts.
C.R.

Luisa disse...

Diz-se que é o 4º poder, penso que estão num lugar, mais cimeiro. Eles influenciam quem os ouve e quem os lê.
Obedecem, ao Diretor, por sua vez, este mesmo tem orientações do dono do jornal. Sendo assim, as notícias serão fabricadas de acordo com as conveniências. Serão livres estas pessoas?
Gosto de ler num jornal, os artigos de opinião.

Bjs

César Ramos disse...

Luísa,

Lembro-me da "poderosa" Manuela Moura Guedes, que a todos queria cilindrar!

Se não tinha o 4º poder, era a quinta-essência da arrogância
intolerável.

Não 'lamento' a indemnização - vá lá que o Acordo Ortopédico, sorry, Ortográfico, não obriga a escrever "indenização"! - porque é daqueles casos que valeu a pena para salvar o Ambiente!

Bjos.
C.R.