segunda-feira, 29 de novembro de 2010

« ANA MARIA MATUTE ganhou o PRÉMIO CERVANTES »



IMAGENS DE TRÊS FASES DA VIDA DA ESCRITORA
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ANA MARIA MATUTE
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[ACTUAL PRÉMIO CERVANTES]

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.La escritora Ana María Matute, de 85 años, ha ganado el Premio Cervantes 2010.
La ministra de Cultura, Ángeles González-Sinde, ha sido la encargada de anunciar el nombre de la ganadora del Premio Cervantes, el más prestigioso de las letras en lengua española.

Ana María Matute tiene 85 años y no 84 como dicen buena parte de sus biografías. "Nací en 1925", dijo recientemente a este diario. El Premio Cervantes reconoce su obra, 12 novelas y varios volúmenes de cuentos, ahora reunidos en La puerta de la Luna, desde los primeros textos de 1947 hasta 1998. "Si me dan el Cervantes daré saltos de alegría, saltos de alegría espirituales", dijo en la entrevista. Matute, una mujer fuerte de salud frágil se apoya en una muleta para andar.

Es el premio que le faltaba. Los ha tenido casi todos, dos nacionales de Literatura Infantil; el Nacional de las Letras (2007); el Nacional de Literatura y el de la Crítica por Los hijos muertos; el Nadal 1959 por Primera memoria; el Planeta 1954, por Pequeño teatro, e incluso el Ciutat de Barcelona 1966 por un relato maravilloso, El verdadero final de la Bella Durmiente.

"Nací cuando mis padres ya no se querían". Es la primera frase de su última novela, Paraíso inhabitado, quizá la más autobiográfica de sus obras. Esta historia, como Olvidado Rey Gudú, Aranmanoth,La torre vigía, Los soldados lloran de noche, La Trampa o tantos otros títulos, muestran su capacidad extraordinaria para fabular y conmover. Su estilo literario y su imaginación conquistan a los lectores, a veces, mucho más que a la crítica.

Fallado por primera vez en 1976 -se lo llevó Jorge Guillén- el Premio Cervantes solo contaba con dos mujeres en su palmarés: la pensadora malagueña María Zambrano (1988) y la poeta cubana Dulce María Loynaz (1992). Cada año se recuerda esa cifra y cada dos, cuando toca español, se recuerda el nombre de Ana María Matute, tal vez la única persona del parnaso literario nacional que ha dicho abiertamente que le gustaría ganar el premio.

La tendencia de los últimos fallos apuntaba al menos a que le había llegado el turno a su generación, la de los años 50, la de los niños de la Guerra Civil, un puñado de autores a la altura ya de la otra gran generación clásica del siglo XX, la del 27. Ahí están los premios a Juan Marsé, Antonio Gamoneda o Rafael Sánchez Ferlosio, los últimos españoles en lograrlo.


VÍDEO COM [legítimas] REACÇÕES DE JÚBILO DA ESCRITORA:
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- Adaptação de fonte na língua de origem
para ter melhor sabor.
- Fotos in:
- Vídeo YouTube

domingo, 21 de novembro de 2010

« 63 ANOS de CASAMENTO da RAINHA ISABEL »

Quando o Big Ben deu as 11 e meia, a princesa Isabel de Inglaterra chegou à porta ocidental da Abadia de Westminster - onde milhares de pessoas aguardaram a chegada do cortejo - numa pontualidade absolutamente britânica.
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Foi sob as majestosas abóbadas de Westminster, em Londres, na presença de reis e de príncipes de toda a Europa, que se celebrou no dia 20 de Novembro de 1947, o casamento da princesa Isabel, herdeira da Coroa de Inglaterra.


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« Ai... a minha real dieta!... »



.Romance de amor, que teve a sua dourada apoteose no altar rebrilhante de luzes, não faltou, sequer, aos reis protagonistas desta autêntica história de príncipes encantados, o fervor da simpatia popular que em todo o mundo os envolveu, desde que se tornou pública a notícia do seu noivado.
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As flores atapetavam o percurso, desde a Abadia até Buckingham Palace e a multidão, deslumbrando-se, com o minuto supremo que lhes permitia ver os noivos, já casados, no coche nupcial, a caminho da felicidade, como que lhe lançava a sua benção. E Isabel e Filipe, emocionados, agradeciam...

A foto que encima o 'post' [da época] peca por não apresentar com fidelidade a simpatia radiante dos noivos, nem o deslumbrante vestido da noiva que, durante muitas semanas, foi guardado das vistas indiscretas, como um precioso tesouro.
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Os eventuais leitores que tiverem a paciência de aturar este 'post', poderão, no filme do YouTube, observar pormenores a posteriori, aqui não descritos.
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Temos a denunciar um percalço ocorrido na selecção do vídeo, posto que, aquele que mais relevância dá à cerimónia, está impedido de ser incorporado, a pedido de não sabemos quem,
pelo que se encontra desactivado!
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Não fosse o povo julgar estar a viver um episódio sonhado de fantasia de estórias de encantar, a Certidão de casamento esteve patente ao público na Abadia, sábado, domingo e segunda-feira, desde as 10 e 30 da manhã até às 6 horas da tarde. Depois do texto do registo, à esquerda, em cima, exibem-se as assinaturas dos noivos, da Rainha e do Rei.cima, exibem-se as assinaturas dos noivos, da Rainha e do Rei.
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Os príncipes, já casados, passaram no coche nupcial a caminho de Buckingham... e da felicidade(...)
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A multidão londrina, para gozar este momento delicioso, comprimiu-se ao longo do Mall e arrostou com o frio e a humidade, passando a noita na rua.
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Mas o povo gostou, aguentando-se a pé firme, durante longas horas... e anos... até à actualidade, arrostando com o sustento desta família que se preparava para aumentar a despesa do Estado com os descendentes, que só têm dado dores de cabeça aos pais... e, aos, chamados, súbditos (...)

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A LOVE STORY - Rainha Isabel & Príncipe Filipe
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- 1ª Foto in: Capa do Século Ilustrado de 29/11/1947
- Adaptação parcial de textos
da mesma Revista.
- 2ª Foto in: powerpoint recebido por e-mail
Vídeo: YouTube

domingo, 14 de novembro de 2010

« "DURA LEX SED LEX"... É LATIM FORA de PRAZO... »


O JUIZ DECIDE


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José de Oliveira e Costa, Ex-Presidente do BPN
(antigo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais - de Cavaco Silva)
Dias Loureiro, Ex-Administrador Executivo do BPN
(Ex-Ministro da Administração Interna e Ex-Conselheiro de Estado - de Cavaco Silva)
Professor Cavaco Silva, actual Presidente da República Portuguesa



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Não deixa de ser irónico ver os mesmos políticos que ainda há um mês, pelo centenário do 5 de Outubro [comemoração da implantação da República], entoavam loas à ética republicana excomungarem agora com o labéu populista a «ameaça» de Passos Coelho de tornar os decisores políticos responsáveis civil e criminalmente pelas consequências dos seus actos.
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O mais curioso é que essa responsabilidade já está consagrada na Constituição (artigo 117º.) e foi, seis dias depois da aprovação da lei fundamental, prevista também na lei de bases das empresas públicas, da autoria de Salgado Zenha (Decreto-Lei 260/76, e 8 de Abril).
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Apesar disso, pelo menos um ministro e dois dirigentes do partido do governo correram a enfiar a carapuça e só faltou acusarem Passos Coelho de um crime de lesa-democracia. Afinal, o que tem de tão «ameaçadora» a proposta do líder da oposição? Só isto: a possibilidade de responsabilizar pelo prejuízo que provocou à bolsa dos contribuintes o titular do cargo político que tomou a decisão de adjudicar, por exemplo, uma obra por um determinado preço... e que acabou por 'derrapar' para o dobro ou para o triplo.
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Mas Passos Coelho que se cuide: pôs-se a atirar pedras quando o seu partido [PSD - Partido Social Democrata] tem telhados de vidro. Têm todos! Basta lembrar o que aconteceu àqueles que, desde a morte de Salgado Zenha, mais se fizeram ouvir a favor da responsabilização dos políticos e da transparência dos seus actos, como o social-democrata Fernando Nogueira ou o socialista João Cravinho. Ficaram a falar sozinhos e foram neutralizados num instante, em exílios dourados.
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Se a «ameaça» obrigar os decisores a serem mais zelosos no cumprimento das suas obrigações - então é bem-vinda.
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Pode até contribuir para melhorar a imagem da classe política, que tanto preocupou o Presidente da República no recente debate do Orçamento Geral do Estado.







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(In Revista NS' do DN de 2010.11.13
por João Ferreira - Imagens: Net)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

«A IGREJA em PORTUGAL... e o ESTADO EM QUE TUDO ESTÁ! »

UM LIVRO POLÉMICO NO MERCADO

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O ESTADO E A IGREJA EM PORTUGAL NO INÍCIO DO SÉCULO XX

(A Lei da Separação de 1911)

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Editora Principia
Autoria de: João Seabra
Tema: Ciências Sociais e Humanas


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"O Estado e a Igreja em Portugal no início do século XX" é uma obra polémica que a Editora Principia lançou no mercado.
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Numa abrangente visão sobre as relações entre o Estado e a Igreja, seus antecedentes e consequentes, o Padre João Seabra presenteia-nos com um trabalho erudito e sério, pleno de pormenores, sobre a época e as personagens que fizeram a nossa História, nomeadamente no dealbar do século XIX e princípio do século XX.
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Consequência da sua tese de Doutoramento apresentada na Pontífica Universidade Urbaniana, o autor conduz-nos a uma análise profunda e completa da Lei da Separação do Estado e das Igrejas, promulgada em 20 de Abril de 1911.
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É sem dúvida uma obra de forte cariz pedagógico, formativo e indispensável à compreensão da História, pois contribui para um conhecimento mais completo, claro e abrangente de todo um período que, por vicissitudes inerentes, ainda se mantém envolto em preconceitos políticos.
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Investigação minuciosa e profunda com um estilo polémico e pleno de humor; nela perpassa um constante apelo ao reconhecimento duma verdade, por vezes, ignorada, escondida ou maltratada, sobre a questão religiosa da Primeira República.
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A essência deste trabalho manifesta-nos uma realidade, em que os verdadeiros precursores da separação da Igreja e do Estado não foram Afonso Costa e o movimento republicano mas sim o Episcopado e o Clero de Portugal, pela posição que assumiram de independência e não sujeição da Igreja à ingerência do Estado.
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Este livro é, sem dúvida, uma revolução na tese que apresenta, surgindo num momento oportuno e não deixando de ser actual na medida em que, face às circunstâncias presentes, também nos urge uma nova e reforçada militância na reposição das verdades que não pactuam com ideologias laicas - à revelia do Povo que se manifesta em sentido contrário -, demagógicas, acaloradas e de carácter persecutório dos valores que sustentam o Trabalho, a Família e a Pátria.
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Esta trilogia nada tem a ver com os chavões do passado negativo que já se viveu em Portugal, e talvez sejam os ingredientes da massa que há-de cozer o pão que Portugal precisa para se alimentar.
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Por mais que se queira enfiar a cabeça no chão para não ver, o povo é crente; e será crime tentar edificar muros que lhe tolham a liberdade religiosa com preconceitos políticos!
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O Trabalho que andam a sonegar - com o desemprego desenfreado -, com manifestos prejuízos da estabilidade da Família, e a destruição do ideal da Pátria... há-de fazer correr rios de sangue de muitos inocentes!... Mas podem os responsáveis ter a certeza, que neles se afogarão.


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domingo, 7 de novembro de 2010

« O JORNALISMO, A NOTÍCIA E A REALIDADE »

Comunicação Social - Jornalismo


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.Ler uma notícia requer algum distanciamento, uma notícia não é toda a verdade, mas antes uma construção da realidade.
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A notícia sofre vários constrangimentos desde que é seleccionada, entre muitos outros assuntos é sempre um ângulo de análise de um acontecimento, não esquecendo que o jornalista por mais que tente ser objectivo, apresenta sempre um ponto de vista: o seu.
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A comunicação social assume um compromisso com o público ao apresentar os factos, em procurar a verdade. Construir a notícia pressupõe o acesso às fontes, a confirmação da informação, o direito de liberdade de imprensa, inalienável em qualquer Estado de Direito que se preze.
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O jornalismo cada vez mais assume um papel fortíssimo nas democracias, ao acompanhar assuntos tão delicados nas áreas da política, justiça e economia, surge como um contra poder necessário, tendo em conta os excessos, que muitas vezes as instituições sofrem e que decorrem do mau exercício do poder dos seus dirigentes.
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Mas o direito da liberdade de imprensa tem que cuidar os seus limites, no que respeita às liberdades e garantias de todos. Construir uma notícia contém uma responsabilidade social enorme, pois ao enviá-la para o espaço público será acolhida por muitos milhares de pessoas que tomarão contacto pela primeira vez com o acontecimento.
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Os media são a melhor forma de transmissão de cultura nos tempos modernos. Uma notícia mal fundamentada que não questione as fontes certas dos dois lados do assunto, corre o risco de apresentar falsos argumentos e, faltando à verdade, pode causar graves problemas a instituições e pessoas de bem.
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Cabe aos cidadãos participar na comunicação social com o seu olhar crítico, com voz activa nos espaços de opinião pública escrevendo cartas aos directores dos jornais, televisão e rádio, como forma de aferir sempre o sentir da situação por parte da sociedade civil sobre a informação que nos assiste.
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Assim, podemos contribuir para um jornalismo que sirva cada vez melhor o bem comum!
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Pensamos que este "cartoon" apresenta um protagonista conhecido da B.D.
O Tio Patinhas... descrito nas "tirinhas" de BD do seu jornal
A Patada



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O QUARTO PODER


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Ser Jornalista é saber persuadir, seduzir. É hipnotizar informando e informar hipnotizando. É não ter medo de nada nem de ninguém. É aventurar-se no desconhecido, sem saber que caminho irá levar.

É desafiar o destino, zombar dos paradigmas e questionar os dogmas. É confiar desconfiando, é ter um pé sempre atrás e a pulga atrás da orelha. É abrir caminho sem pedir permissão, é desbravar mares nunca antes navegados.

É nunca esmorecer diante do primeiro não. Nem do segundo, nem do terceiro… nem de nenhum. É saber a hora certa de abrir a boca, e também a hora de ficar calado. É ter o dom da palavra e o dom do silêncio. É procurar onde ninguém pensou, é pensar no que ninguém procurou. É transformar uma simples caneta em uma arma letal.

Ser jornalista não é desconhecer o perigo; é fazer dele um componente a mais para alcançar o objectivo. É estar no Quarto Poder, sabendo que ele pode ser mais importante do que todos os outros três juntos.

Ser jornalista é enfrentar reis, papas, presidentes, líderes, guerrilheiros, terroristas, e até outros jornalistas. É não baixar a cabeça para cara feia, dedo em riste, ameaça de morte. Aliás, ignorar o perigo de morte é a primeira coisa que um jornalista tem que fazer. É um risco iminente, que pode surgir em infinitas situações. É o despertar do ódio e da compaixão. É incendiar uma sociedade inteira, um planeta inteiro.

Jornalismo é profissão de perigo. É coisa de doido, de sem juízo. É olhar para a linha ténue entre o bom senso e a loucura e ultrapassar os limites sorrindo, sem pestanejar. É saber que entre um furo e outro de reportagem, haverá muitas coisas no caminho. Quanto mais chato, melhor o jornalista.

Ser jornalista é ser até meio agressivo. É fazer das tripas coração para conseguir uma mísera declaraçãozinha. É apurar, pesquisar, confrontar, cruzar dados. É perseguir as respostas implacavelmente. É lidar com pressão de todos os lados. É saber que o inimigo de hoje pode ser o aliado de amanhã. E a recíproca é verdadeira. É deixar sentimentos de lado, colocar o cérebro na frente do coração.

É matar um leão por dia, e ainda sair ileso. É ter o sexto sentido mais apurado do que os outros, e saber que é ele quem o vai tirar das confusões. Ou colocá-lo nelas!

Ser jornalista é ser meio actor, meio médico, meio advogado, meio atleta, meio tudo. É até meio jornalista, às vezes.

Mas, acima de tudo, é orgulhar-se da profissão e saber que, de uma forma ou de outra, toda a gente também gostaria de ser um pouquinho jornalista.




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Fotos: Net.

Último texto in:

Blog da Dani Almeida

do 'Dia do Jornalista'



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

«O TERRAMOTO de 1755 no DIA de TODOS os SANTOS »

Gravura ilustrando o terramoto de Lisboa no dia 1 de Novembro de 1755

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Praça do Comércio, ou Terreiro do Paço

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Ao olharmos esta maravilhosa Praça, quase esquecemos aquela terrível manhã de 1 de Novembro, tal como consta nos registos históricos. Um horror! A terra a tremer e a abrir-se, casas e Igrejas a desmoronarem-se, o povo a gritar amedrontado e a morrer sem amparo, o rio Tejo a invadir o cais e a cidade, o fogo a destruir o que restava dela...


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. Tudo passado... sob as ordens do Marquês de Pombal - 1º Ministro do Rei D. José I - enterraram-se os mortos e cuidaram dos vivos. E Lisboa ergueu-se mais bela e espaçosa! Reparai na elegância da estátua equestre de El-Rei D. José, ali, no centro desta grande sala de visitas da cidade de Lisboa. Foi obra artística do grande escultor português, Machado de Castro. Deu maior glória ao Rei !...

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Escultor Joaquim Machado de Castro
(1731-1822)
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«REPRODUÇÃO do Texto, Fotografia e Receita culinária, do Blog Quanto tempo tem o Tempo »
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[CLICAR para VER outros 'posts']

Há tradições que se vão mantendo, apesar da "concorrência"

Apesar da moda do Halloween estar a ganhar terreno por cá, há tradições que muitos professores portugueses, teimosamente, fazem questão de relembrar por esta altura do ano.
Em muitas aldeias deste país, é uma tradição antiga, os meninos irem de porta em porta pedir o "bolinho" ou como se diz por estes lados, pedir o "Pão por Deus".
Antigamente, as pessoas ofereciam o que a terra lhes dava: nozes, figos secos, batatas, tremoços, pevides... e as famosas "merendeiras" (conhecidas também pelo nome de "bolinhos"). De vez em quando, lá vinha um ou outro tostão mas, tudo o que viesse para a saquinha, era bem vindo.
Nos dias que correm, o interesse das crianças está mais na diversão e no interesse do que propriamente na necessidade.
Nem sempre ficam satisfeitas com uma guloseima ou um bolinho, preferindo antes, juntar muitas moedas brancas (como elas dizem).
Neste aspecto, uma tradição centenária passa a dar lugar a uma tradicional brincadeira de interesses desde cedo manifestada, na maioria das crianças.
Interesses à parte... digam-me lá, se estes bolinhos, não são de "fazer crescer água na boca"?


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Foto do blog Relógio de Corda (clique de novo)
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=0=
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Receita do Bolinho

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1 Kg e meio de farinha
4 ovos
750 g de açúcar
1/2 pacote de bicabornato de sódio
1 colher sopa de fermento para bolos
150 g de fermento de padeiro
1/2 pacote de pau de canela
1/2 pacote de margarina
125 g de manteiga
sal e raspa de limão
1/4 litro de água
Leva-se o pau de canela a ferver no 1/4 de água. Deixa-se arrefecer (os osvos são batidos e juntam-se no final), mistura-se tudo até ficar uma massa homogénea. Fazem-se bolinhas pequenas que são pinceladas com ovo e vão ao forno de seguida.



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BOM APETITE... são os votos do "Munho do Alfobre"




Para acompanhar estes 'pãezinhos de Deus', vamos lembrar um pouco da história deste dia:
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O dia de Todos-os-Santos foi criado para que os fiéis não se esquecessem dos Santos. Assim, mesmo que durante o ano se tivessem esquecido de celebrar o dia de algum Santo, podiam fazê-lo neste dia.
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Também serve para celebrar todos os cristãos que já partiram, quer tenham sido canonizados ou não. Ser canonizado, como todos sabem, significa que essa pessoa se tornou santa.
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Em Portugal era costume, no dia de Todos-os-Santos, as crianças saírem à rua para pedir o «pão por Deus».
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Iam de porta em porta, recitando versos. Em troca recebiam pão, bolos, broas, romãs, frutos secos, castanhas ou doces.
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Em algumas regiões do país, é costume os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro.
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E em algumas povoações este dia é chamado o "dia dos bolinhos".

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Eis... duas quadras que era costume recitar, quando se pedia o «pão-por-Deus»:

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Lá vai o meu coração
Sozinho sem mais ninguém
Vai pedir o Pão-por-Deus
A quem quero tão bem
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Pão por Deus
Que Deus me deu
Uma esmolinha
Por alma dos seus










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Foto dos bolinhos: Blog - Relógio de Corda
Outras fotos: Net